Criado em 1929, no Estado de Pernambuco, o cobogó é um produto genuinamente brasileiro. Ele foi desenvolvido pelos engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, August Boeckman e Antonio Góes que, na época, eram proprietários de uma fábrica de tijolos. O nome, inclusive, é uma homenagem aos criadores, unindo as três primeiras sílabas de seus sobrenomes: Coimbra, Boeckman e es.

O cobogó foi inspirado em um elemento muito presente na arquitetura árabe, feito de madeira vazada e com combinações geométricas: o muxarabi. Inicialmente, as peças foram produzidas em concreto e tinham formas simples, tornando-se opções mais baratas. Seu surgimento coincidiu com o período da arquitetura modernista em Pernambuco, liderada por Luiz Nunes e baseada em materiais industriais.

 

 

 

Com o calor do Nordeste, a ideia era desenvolver um elemento que ajudasse a deixar os ambientes frescos, e a maneira mais simples e econômica era aproveitar a brisa do mar. O cobogó foi usado pela primeira vez em 1934, no projeto da Caixa D’Água de Olinda, de Luiz Nunes, para proteger a escada interna que leva ao reservatório de água, que precisava de ventilação. Localizado no Alto da Sé, o prédio representa um marco da arquitetura moderna nacional, hoje abriga a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil e se tornou um ponto turístico da cidade.

Aplicações do cobogó

No passado, como as peças eram mais rústicas, feitas de concreto, geralmente eram instaladas em áreas externas. Aos poucos, ganharam novos materiais e formatos e começaram a ser utilizados em ambientes internos, como divisórias entre lavanderias e cozinhas, por exemplo. Por volta da década de 1960, com o avanço das tendências internacionais na arquitetura, o cobogó perdeu espaço, mas foi resgatado com a recente revisão de práticas na construção e voltou com força total.

Ao longo dos anos, os cobogós evoluíram, mas foram mantidas suas características de origem: permitir a entrada de luz solar e a ventilação natural. É um dos elementos mais simples e charmosos da arquitetura e, atualmente, possibilita diversas aplicações por serem funcionais, decorativos e sustentáveis – é um aliado à economia de energia.

 

 

 

 

Nos novos projetos, a forma mais tradicional de aplicação é para separar ambientes, onde se deseja manter a luminosidade e a ventilação, sem comprometer a sensação de amplitude. Em lofts, pode formar uma parede inteira para deixar o quarto separado do escritório ou entre as salas de jantar e estar. Também é possível usar como painel decorativo na base de bancadas da cozinha, para criar ambientes diferentes no espaço gourmet ou, ainda, trazer mais privacidade para as varandas.

 

 

Em áreas externas, sua utilização vai de divisas de terrenos, muros e garagens, até a criação de uma área reservada no jardim ou separação com a piscina. As fachadas também ganham um toque especial com o cobogó, que pode ser aplicado para criar um ponto de destaque.

É importante ressaltar que o cobogó não substitui uma parede estrutural, pois não tem a capacidade de suportar e distribuir o peso de uma construção, por isso, é essencial que o projeto seja elaborado e executado por profissionais especializados.

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