Sustentabilidade é um dos temas mais presentes na atualidade, em todos os segmentos, incluindo produtos e serviços. Na construção civil não é diferente. Cada vez mais, os projetos residenciais e comerciais aliam beleza e eficiência, e isso vai além do uso de materiais amigáveis ao meio ambiente e da economia de recursos.

A arquitetura inteligente considera a preservação ambiental, a eficiência energética, a gestão de água e o controle de resíduos, entre os requisitos básicos para um projeto sustentável. Esse é um desafio, especialmente para os grandes edifícios, mas o resultado é surpreendente. Confira, a seguir, algumas das construções mais modernas e “verdes” do mundo!

 

The Crystal, em Londres, Inglaterra

 

 

Uma estrutura com design futurista que abriga o Centro Global de Urbanismo Sustentável da Siemens. As paredes de vidro favorecem a entrada de luz natural, economizando energia elétrica, e ainda servem como sistema de ventilação, pois contam com um mecanismo de fachada controlável, com 150 aberturas. No terraço, há painéis de energia solar. Esse prédio emite 70% menos dióxido de carbono (CO2), em comparação a outros edifícios similares no Reino Unido. O CO2 é emitido por sistemas como ar-condicionado e aquecedor. O empreendimento recebeu as principais certificações mundiais de arquitetura sustentável, ao mesmo tempo: a LEED Platinum (em português, Liderança em Energia e Design Ambiental) e BREEAM Outstanding (Método de Avaliação Ambiental de Estabelecimento de Pesquisa de Edifícios).

 

Ospedale dell’Angelo Mestre, em Veneza, Itália

 

 

Considerado o hospital tecnologicamente mais avançado da Itália, e na vanguarda da saúde na Europa, tem 152 mil m2 e capacidade para 680 pacientes. São sete andares e dois subsolos, em uma estrutura criada com base no conceito de “parque terapêutico”. O design de Emilio Ambasz traz a paisagem como um elemento verde que envolve, incorpora e atravessa a estrutura do hospital, para que também se torne parte integrante dos espaços interiores. Combina perfeitamente a biofilia (amor à vida) com a experiência do usuário.

 

Hospital Ng Teng Fong, em Jurong, Singapura

 

 

Esse prédio conta com vários fatores sustentáveis, como coleta de água da chuva, ventilação natural e aquecimento solar. Seu design foi baseado no desempenho dos recursos, saúde e bem-estar, e 70% das instalações são naturalmente ventiladas, representando 82% dos leitos de internação. As janelas permitem a entrada de luz do dia e oferecem uma vista da cidade aos pacientes. Sinônimo de conforto em uma cidade densa, o Ng Teng Fong incorpora parques, telhados verdes e plantações verticais em todo o campus. O edifício usa 38% menos energia, se comparado a um hospital tradicional de Singapura, e 69% menos do que um hospital americano.

 

Parque da Cidade, em São Paulo, Brasil

 

 

Construído pela OR, empresa do Grupo Odebrecht, o Parque da Cidade faz parte do Climate Positive Development Program (em português, Programa de Desenvolvimento Positivo para o Clima), que inclui 18 projetos sustentáveis referências no mundo. As torres corporativas foram construídas em uma posição estratégica, para garantir maior iluminação natural e menor incidência de calor, e reduzir os custos com refrigeração e o uso de iluminação artificial. Nesse conjunto, o paisagismo tem um papel fundamental. Os 22 mil m² de áreas verdes minimizam ilhas de calor, atuam como barreiras acústicas e favorecem a retenção de água das chuvas. Ainda como iniciativa de sustentabilidade, o empreendimento possui um sistema de coleta de lixo sólido a vácuo (por meio de tubulações) e aparelhos de irrigação inteligente.

 

Aeroporto de Oslo, na Noruega

 

 

O aeroporto de Oslo foi oficialmente inaugurado em 1998, mas recebeu, em 2017, uma ampliação que conta com o terminal aéreo mais verde do mundo. Esse projeto recebeu a avaliação máxima do BREEAM (Método de Avaliação Ambiental de Estabelecimento de Pesquisa de Edifícios). Entre as iniciativas sustentáveis adotadas, o terminal tem um reservatório para coleta de neve durante o inverno, que é utilizado para refrescar o edifício nos meses de verão. O uso de materiais naturais, recicláveis ou amigáveis ao meio ambiente, como o concreto misturado com cinzas vulcânicas, possibilitou uma redução em torno de 35% em emissões de CO2.

 

Bank of America Tower, em Nova York, Estados Unidos

 

 

A arquitetura desse banco é considerada uma das mais eficientes do mundo e foi o primeiro projeto a receber a certificação mundial LEED Platinum (Liderança em Energia e Design Ambiental). A maior parte das matérias-primas utilizadas na construção teve origem em fontes recicláveis e renováveis, como o concreto, que foi composto por 45% de resíduos e 55% de cimento. O edifício ainda conta com sistema de captação e reaproveitamento de água. Outro destaque é o processo de filtragem do ar dos escritórios, que elimina 95% das impurezas e devolve o ar limpo para os moradores da cidade.